História da Engenharia Civil

Antes que chegasse a evolução que temos hoje, foi necessário que a engenharia civil percorresse um longo caminho de seis mil anos desde que o homem largou as cavernas e começou a pensar em uma moradia mais segura e confortável. O nome ''engenharia civil'' na antiguidade era chamado de ''engenharia militar'', isso porque se referia aos serviço,estratégias e construções militares para a sua defesa contra seus inimigos e com o passar do tempo o nome engenheiro civil ficou restrito somente a construções.

Era Antiga

São variadas as obras remanescentes que mostram o crescimento da engenharia civil ao longo de milênios. Porém, os dados escritos destas construções, contudo, se perderam no tempo. Enormes obras de engenharia surgiram há mais de cinco mil anos na Mesopotâmia, apesar de que haja poucos edifícios remanescentes.

No Antigo Egito, dentre as mais importantes obras de engenharia sobressai-se as Pirâmides de Gizé, feitas de quatro mil anos, e a cidade de Alexandria (durante a era de Alexandre, o grande) , na qual foi contemplada para o grande faraó, no entanto não existe mais a obra.

Na Grécia antiga,  foi desenvolvido por Arquimedes, os primeiros trabalhos com aplicação práticas de princípios físicos e matemáticos que criou um sistema capaz de transportar água para diferentes elevações.

No Império Romano, eles foram os primeiros a utilizarem o concreto em suas obras, quando descobriu-se que uma mistura formada principalmente por cinzas vulcânicas endurecia-se e dava origem a um material tão resistente quanto as rochas.

Já na China, os chineses utilizam-se da grande variedade de matérias primas existentes em seus território para a construção das fundações de pedra e casas de tijolos e telhados de argila. A obra mais conhecida da China, é a Muralha da China, que se estende por milhares de quilômetros e cuja construção iniciou-se em 220 a.C.

Na América, por fim, as grandes civilizações inovaram em técnicas que os permitiram criar grandes templos, no sentido religioso. Durante a civilização Maia, a obra de destaque criada foi a da cidade Teotihuancan. Os Incas, séculos depois, com suas competências na Cordilheira dos Andes, criaram infraestrutura como pontes, estradas e complexos urbanos, localizados na sua capital Cusco. 

Período Medieval

O Império Romano, devido à sua grande dimensão e falta de governo central, não conseguiu se manter aliado e chegou ao fim no ano 476. Muitas das obras de infraestrutura, como estradas, aquedutos e portos então criados, foram destruídos para uma nova construção reforçada. Nesse período quase não houve avanços científicos, pois as construções dessa época desmoronava sem o conhecimento da atual engenharia. 

Era Moderna

A partir da Renascença, o profissional engenheiro passou a ganhar importância e reconhecimento, pois no período medieval os projetos eram criados por artesãos. Um dos primeiros do período foi Filippo Brunelleschi, que projetou o domo da catedral de Santa Maria Del Fiore em Florença. Nessa época, surgiram os primeiros manuais com técnicas de projeto e construção. Depois veio a Revolução Industrial que começou a mudar o perfil da Inglaterra, pois a população começou a sair da zona rural para irem até as cidades para trabalharem nas indústrias.

Inicialmente as obras estruturais eram para o desenvolvimento industrial feitas por engenheiros militares. No ano de 1768, o inglês Jonhn Smeaton se autodenominou ''engenheiro civil'' para diferenciar-se dos profissionais militares, dessa forma criando uma distinta profissão. Poucos anos depois criou a Sociedade dos Engenheiros Civis, com o intuito de juntar profissionais para mostrar e executar grandes projetos. A Revolução Industrial trouxe consigo novas técnicas e materiais pertinentes à engenharia. A Ponte de Ferro no Reino Unido foi a primeira ponte de arco construída somente com ferro fundido e também a construção da primeira ferrovia. Com isso, a utilização do ferro como elemento estrutural causou grandes mudanças, pela sua capacidade de resistência e com alta facilidade de montagem. Os engenheiros civis diante dessa inovação puderam agilizar mais a sua construção.

Devido a demanda de profissionais especializados logo criaram instituições de ensino específicos para a engenharia. A primeira instituição foi a École Polytechnique em Paris, criada em 1794. Depois de várias décadas surgiram academias pela Europa e Estados Unidos, no qual em 1835, formaram-se os primeiros engenheiros civis pelo Instituto Politécnico Rensselaer.

Engenharia no Brasil

O termo da ''engenharia civil'' no Brasil surgiu ainda no período colonial, depois da chegada da família real portuguesa, em 1808, surgiu a primeira escola brasileira: a da Real Academia Militar do Rio de Janeiro. Com algumas mudanças as londo dos anos, essa escola se dividiu em duas : O Instituto Militar de Engenharia, que tinham ideias puramente militares e as escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, voltada para a pesquisa e as engenharias. A engenharia civil se aperfeiçoou aos poucos no país, depois para alcançar uma grande popularidade. Durante o governo de Vargas, o Brasil era considerado um dos especialistas na tecnologia do concreto armado. Na época da ditadura militar, no entanto, aconteceu uma queda no setor econômico da construção.

O conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) é o conselho de fiscalização profissional responsável pela regulamentação e julgamento final das atividades profissionais relacionadas às classes que abrange: Engenharia, Agronomia, bacharéis em Geografia, Geologia e Meteorologia, aqui no Brasil.

O Confea foi instituído em 1933 por decreto do presidente Getúlio Vargas e coordena os conselhos regionais de Engenharia e Agronomia (Crea).

No dia 31 de dezembro de 2010, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, sancionou a lei n° 12.378, criando o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (Cau), separando a profissão de arquiteto deste conselho.