Experiência de Metrô


O engenheiro Renato Oliveira Arbex, de 29 anos, começou a estudar mobilidade urbana durante a sua graduação em engenharia civil. "Eu tinha uma rotina de ida e volta para a faculdade muito cansativa, pegava dois ônibus e um deles era muito lotado. Sempre me perguntei se não haveria um desenho de uma rede mais otimizada, com menores tempos de viagem e menos lotados", relata à BBC Brasil.
Seu projeto para a capital paulista depende majoritariamente de cálculos, mas a maior dificuldade é representar numa conta a forma como as pessoas escolhem seus trajetos.
"Há muitas pessoas saindo do Tucuruvi (zona norte) para vários destinos diferentes. O cálculo deve 'pensar' como esse passageiro e mostrar qual caminho ele faria caso pudesse evitar as baldeações", diz.
Outro desafio é reduzir o tempo de viagem dos passageiros que moram nas áreas mais afastadas. Como exemplo atual de sucesso, o engenheiro cita uma linha de ônibus que circula na Radial Leste, paralela à linha 3-vermelha do metrô.
"Essa grande demanda exemplifica o problema das rotas. Essa linha faz sucesso porque usa uma faixa exclusiva, tem velocidade boa, é confiável porque passa com alta frequência e se tornou uma boa alternativa ao metrô lotado", afirma Arbex.
Segundo Arbex, o sucesso de uma medida como essa levaria mais paulistanos a deixar o carro em casa e, com isso, reduziria o trânsito na cidade. Para que isso ocorra, o engenheiro colocou um teto nos cálculos de seu projeto para que uma viagem de ônibus demore, no máximo, 50% a mais do uma mesma viagem feita de carro.

Felipe Souza, Da BBC Brasil em São Paulo, 16 junho 2016.

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